No apogeu do século passado, o major Floro era o manda chuva da região
de Irerê, então povoado pertencente ao município de Princesa. Morava
nesse casarão enorme, belíssimo. Daí administrava uma vastidão de
terras, com seus bois, seus canaviais e até uma usina de beneficiamento
de algodão existia, sob suas ordens. Irerê tinha de tudo e mais alguma
coisa, graças ao major famoso, cuja filha deu em casamento ao não menos
famoso coronel Zé Pereira. Major Floro era também pai de Xanduzinha,
aquela que amoleceu o coração do valente Marcolino, e que virou mote de
música cantada por Luiz Gonzaga: “Caboclo Marcolino, tinha oito boi
zebu/ uma casa de morada, dando pru norte e pru sul/ seu paiol tava
cheinho, de feijão e de andu/ sem contar com mais uns cobres, lá no
fundo do baú/ Marcolino dava tudo, por um cheiro de Xandu...”
Pois bem, meus amigos leitores. Desse encantamento todo, desse amor de
Xandu e Marcolino, das boiadas, dos canaviais e da fábrica, sobrou
somente o casarão, que está abandonado. Estive aí faz uns anos e a
primeira coisa que me recomendaram foi a de olhar sem entrar porque a
casa está tomada pelos maribondos.
Por que não aproveitar o casarão para fazer o Museu de 30?
Taí um desafio que faço ao bom prefeito Luiz Matuto e a minha amiga
Rúbia, vice-prefeito de São José de Princesa: desapropriem o casarão,
façam o museu que deixou de ser feito pelo prefeito de Princesa e
recebam desde já os aplausos deste blogueiro e de todos os paraibanos
preocupados com a preservação do seu patrimônio histórico.(Por Tião Lucena)
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